Apresentamos a produção de contações de histórias no ano de 2022

Em 2015 iniciamos um projeto de pesquisa e extensão visando a produção de material didático para leitura compartilhada, perpassando a disciplina de Educação Bilíngue do curso de Pedagogia do DESU.

Recentemente nos debruçamos na leitura de histórias com heroínas negras. Começamos criando ou adaptando histórias, produzindo livros em multiformatos: ampliados, sensoriais, acompanhados de jogos, com leitura facilitada e outras formas de abranger a diversidade de leitores.

Submergimos na seara da multimodalidade para que todas as formas de captação pelos sentidos, níveis de compreensão e aquisição de língua e linguagens fossem alcançadas. Lançamos mão do cinema, do teatro e de contadores de histórias para a promoção da leitura.

Na sala de Material didático do DESU-INES guardamos o acervo construídos até que esteja no ponto adequado a ser doado, ou seja, após um a dois anos desde o início do planejamento.

Fizemos o estudo de alguns títulos da pesquisadora Neiva Albres de Aquino no que diz respeito à tradução de literatura infanto-juvenil para língua de sinais e a construção de atividades escolares voltadas à comunidade surda. Livro básico da autora para a graduação: “Surdos & Inclusão Educacional” (publicação de 2010) da Editora Arara Azul. Livros complementares e de aprofundamento à extensão e pesquisa: “Tradução para crianças surdas: rara investigação” (publicação de 2020) e “Entre a literatura e a tradução para crianças surdas” (publicação de 2022).

Paralelo a isso, nosso principal referencial teórico nos aspectos constitutivos da Gramática Visual, da autoria dos líderes do grupo de pesquisa (Alexandre Rosado e Cristiane Taveira), é o seguinte: “Gramática visual para os vídeos digitais em línguas de sinais” (E-Book lançado em 2022).

O desafio desse semestre foi construirmos jogos que trabalhassem com o enredo dos livros de literatura afrorreferenciada que foram criados ou adaptados pela turma.

Fizemos uma ficha com os seguintes itens: (a) Título da História, (b) Faixa Etária / Segmento, (c) Objetivo(s) a partir da leitura compartilhada da história (nas duas línguas), (d) Título da Atividade, (e) Objetivo da Atividade, (f) Materiais utilizados e (g) Procedimentos previstos.

Fornecemos nessa notícia uma galeria de fotos das atividades (ainda em revisão e testagem) em oficinas da disciplina de Educação Bilíngue.

Título da Atividade: quadro de lugar-palavra e produção de frases
História: Rapunzel que virou Miss: A história de Ana.

Título da atividade: associação de cenas da história aos objetos usados pelos personagens.
História: Rapunzel que virou Miss: A história de Ana.

Título das Atividades: quebra-cabeça e complete a imagem com o que falta.
História: Rapunzel Negra.

Título da atividade: Adivinhação dos objetos em seus usos cotidianos.
História: Meu crespo é de rainha.

Título da atividade: As cores da pele negra: características fisionômicas de pessoas negras e seus tons de pele.
História: O pequeno príncipe preto.

Título da atividade: Este é o meu cabelo: classificadores para os penteados e estilos de cabelos
Dois livros paradidáticos: Este é o meu cabelo / Com qual penteado eu vou?

Título da Atividade: reconhecimento das emoções de cada personagem.
História: Rapunzel Negra e a bruxa má que virou boa.

Título da Atividade: Caixa dos objetos
História: Rapunzel Negra e a bruxa má que virou boa.

Titulo das atividades: As mil cores da Rapunzel.
História: Rapunzel Negra raptada pela mulher careca.

Título da atividade: Caixa de objetos para recriar a história.
História: Bucala.

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Alunos do DESU apresentam pôsteres e comunicação oral durante o COINES 2022

Em novembro ocorreu o COINES 2022 (Congresso Internacional do INES), cujo tema central foi o aniversário de 165 anos do INES. Nosso Grupo de Pesquisa contribuiu com envio de Pôsteres e trabalhos no formato Comunicação. De modo tímido ou lentamente vem se dando, na comunidade acadêmica, o retorno de eventos de médio e grande porte realizados totalmente na modalidade presencial. Nossas atividades de docência no DESU já se encontram na modalidade presencial há um ano. Já a extensão e a pesquisa mesclam momentos on-line, com algumas atividades que se beneficiam do advento do aparato remoto.

Anualmente estimulamos, orientamos e auxiliamos os nossos alunos no planejamento, na submissão e na execução de suas apresentações em eventos. Essa é mais uma tarefa de nossas iniciativas no tripé: ensino, extensão e pesquisa. Ou seja, agimos, metodologicamente, com o que chamamos de pesquisa-ação indo da formulação de hipóteses de pesquisa a partir de leituras teóricas e do envolvimento nas práticas de docência à análise de dados e resolução de situações-problema.

Tratamos da resolução de situações-problema surgidas “a quente”, no envolvimento de nossos cursistas e pesquisadores no campo da Educação Bilíngue de Surdos. Nem todos os trabalhos submetidos obtiveram aprovação, mas reiteramos aos jovens pesquisadores que esse é um esforço habitual daqueles que desejam pesquisar, pois melhoramos a cada feedback avaliativo recebido.

Alguns dos títulos aprovados, orientados pela professora Cristiane Taveira, foram os seguintes, na temática da produção de materiais didáticos para a contação de histórias:

  • Uma história para EJA: O drama “história de Ana” redigida e interpretada em português e Libras;
  • A contação de história como estratégia reflexiva e integradora para EJA;
  • Poesia com ênfase no uso de classificadores para personagens negras: traços, características culturais e gestualidade;
  • História Rapunzel negra e a bruxa má que virou boa: uma pesquisa-ação sobre Leitura Compartilhada com crianças surdas

Já na área da Literatura infantil, tivemos o pôster “Professora surda na interação com crianças surdas: contribuições da metodologia da pesquisa-ação” da aluna mestranda Juliana Fernandes, do PPGEB/INES, orientado pela professora Claudia Pimentel.

Em Gramática visual contamos com a seguinte Comunicação Oral e Pôster da mestranda do PPGEB/INES Elen Gomes, orientanda do professor Alexandre Rosado: “Janela de Libras da moldura à silhueta: um mosaico de soluções visuais para além dos guias e manuais”.

Ao final do evento tivemos dois pôsteres premiados. No geral, os alunos demonstraram grande interesse com a inciativa, compreendendo as partes que compõem um material para pôster, aproveitando o acervo de pôsteres impressos publicados em diferentes eventos anteriores, bem como os slides de apresentação em Comunicações orais passadas.  Debatemos, previamente, sobre a ritualística diferenciada de submissão de dados de pesquisa em andamento e dados consistentemente analisados em pesquisas finalizadas.

Acompanhamos a feitura desses materiais desde a etapa de redação, antes da submissão, até a plotagem dos cartazes. Os alunos nos disseram que foi algo nunca antes vivenciado por eles: aprender o funcionamento e experimentar a participação em eventos. Acreditamos que os docentes do INES vem auxiliando a Comunidade Surda nessa árdua jornada da pesquisa.

Todos os pôsteres do COINES 2022 e anteriores, apresentados por integrantes do nosso Grupo de Pesquisa, podem ser acessados aqui.

Defesa de mestrado de Abdel Azziz Daoud mobiliza alunos e professores do PPGEB INES

No último dia 4 de novembro de 2022, às 14 horas, ocorreu a defesa de mestrado de Abdel Azziz Daoud, orientando da professora Cristiane Taveira. A Banca Examinadora se reuniu, para o ato ou ritual público de defesa no Auditório do Departamento de Ensino Superior (DESU) do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), de modo presencial.

Carregados de alta dose de emoção e tensão, a defesa se deu sob os olhares da Banca, os familiares do mestrando surdocego, de sua noiva e um grupo de professores e de alunos, todos pesquisadores de nosso departamento. Contamos com uma equipe de 10 guias-intérpretes e tradutores do DESU-INES que permaneceram conosco de 14 até às 17 horas.

O mestrando defendeu um conjunto de dois artigos totalizando mais de 80 páginas. O tema do conjunto de artigos foi “Leitura compartilhada na Educação Bilíngue do INES”. Em detalhe, a banca foi composta por Cristiane Taveira (orientadora, INES), Claudia Pimentel (titular interna, INES), Raffaela Lupetina (titular externa, IBC), Alexandre Rosado (suplente interno, INES) e Catia Walter (suplente externa, UERJ), todos professores doutores.

Alunos da turma de mestrado de 2022 estiveram presentes, com destaque para a Linha de Pesquisa 1, pois a professora Claudia Pimentel convidou-os para prestigiar os resultados de pesquisa, as considerações da banca e a arguição de Abdel Azziz, visando aprofundar estudos sobre literatura e educação de surdocegos que estavam em andamento em sua disciplina. Os integrantes do Grupo de Pesquisa “Educação, Mídias e Comunidade Surda” também vieram prestigiar o colega após longa batalha dos anos de pandemia. A professora Lupetina (Programa de Mestrado do IBC) nos trouxe apreciações no campo da surdocegueira e Pimentel (do nosso Programa, no INES) nos apresentou contributos nos usos da literatura.

Também esteve presente a doutoranda da UERJ, Vilma Sampaio, que atua na área de estudos sobre a cegueira e também na surdocegueira, no Instituto Helena Antipoff (IHA), da Prefeitura do Rio. Além disso contamos com a presença do concluinte da Graduação (DESU-INES), o surdocego André Aragão Bastos e sua companheira também surdocega.

Entre os docentes do PPGEB, estiveram presentes os professores José Renato (Linha de Pesquisa 3) e Lívia Buscácio (Linha e Pesquisa 2), além de todos os tradutores-intérpretes que atuaram com o mestrando e que possuíam curso de guia-intérprete e/ou interesse de pesquisa na área, muitos deles graduandos, mestrandos e/ou doutorandos. A formação docente realmente foi a tônica dessa tarde.

Alunos de Pedagogia do DESU assistiram “A mulher Rei” no Espaço Itaú de Cinema em Botafogo

As turmas do curso de Pedagogia do DESU, na disciplina Educação Bilíngue, têm produzido uma série de materiais didáticos para a contação de histórias com heroínas negras. Os materiais, ainda em construção, serão doados para Educação Bilingue de Surdos em futuro próximo.

Visando aprimorar a atuação de nossos alunos do Ensino Superior (alunos Surdos e Ouvintes) interpretando personagens negras, usufruímos do ingresso social que o Espaço Itaú, na Praia de Botafogo n. 316, nos ofereceu.

O filme escolhido foi “A mulher Rei”, que traz a aclamada atriz Viola Davis. Ela esteve recentemente no Brasil (setembro de 2022) para divulgação do filme, alcançando grande bilheteria.

Levamos pouco mais de 50 alunos, em duas sessões nos dias 17 e 19 de outubro, para assistir o filme na sala de Cinema do Espaço Itaú Praia de Botafogo. Estiveram envolvidos, no convite aos alunos da faculdade, os professores José Renato, Marisa Gomes, Ricardo Janoario, Alexandre Rosado, Claudia Pimentel, Beth Serra e Maria Inês.

A equipe do cinema nos atendeu de forma calma, com tratamento igualitário. Foi possível escolhermos os assentos, algo importante pois os alunos sentiram-se usuários, de fato, do espaço. Para reflexão, destacamos ser este um espaço usufruído, na maior parte do tempo, pela elite geográfica e econômica carioca; portanto, foi realmente especial usarmos o ingresso social pagando um valor simbólico.

Retornamos do cinema carregados de excelentes impressões sobre a nossa experiência assistindo “A mulher Rei”. Estamos produzindo conto de histórias bilíngue (Libras / português) e materiais didáticos 3D e 2D para acompanhar o universo de Literatura Negra com protagonismo de heroínas negras. Nossos pedagogos e contadores de histórias se beneficiaram com essa experiência, pois o filme é impactante e expressivo.

A expressão corporal e facial de atores é muito importante na performance de conto de histórias em Libras. Nossos alunos, funcionários e docentes, muitos deles de origem periférica, surdos, ouvintes, de gêneros diversos, são unidos pela Pedagogia bilíngue, o que nos leva a necessidades comunicativas diferenciadas e nos envolve em vários projetos, como curtas-metragens, produção de livros e filmes.

Temos desenhistas e artistas, artesãs e artesãos, atores e atrizes com veia de humor e de drama. Somos construtores de livros-brinquedo, peças teatrais, jogos didáticos e toda sorte de criação fotográfica, cinematográfica, didática etc. Nos beneficiamos de estarmos imersos nas Artes, na Comunicação e na Educação. Essa parceria Cinema e Escola está na sintonia de nossa proposta de ação. O Cinema é a principal linguagem de expressão de nossa comunidade pelo apelo imagético da língua de sinais.

O filme “A mulher Rei” nos marcará com fortes lembranças. Nos encontramos na sala de produção de material didático do DESU-INES para dar continuidade à nossa produção voltada à Comunidade Surda.

Grupo de pesquisa realiza atividade de abertura do semestre com convidados

Na manhã do último dia 19 de setembro, o grupo de pesquisa “Educação, Mídias e Comunidade Surda” realizou uma atividade conjunta de abertura de semestre para as disciplinas de Educação Bilíngue III (6º período) e Tecnologias de Informação e Comunicação II (2º período).

Os líderes do grupo, professores Cristiane Taveira e Alexandre Rosado, aproveitaram a visita da equipe de profissionais do Centro de Atendimento e Apoio ao Educando (CAAPE) da Secretaria de Educação de Armação de Búzios (totalizando 22 profissionais) acompanhados da Prof Drª Maria Inês Ramos (INES/Prefeitura Municipal de Armação de Búzios) e também da pesquisadora de escrita de Língua de Sinais (EliS), a professora Drª Mariângela Estelita da Universidade Federal de Goiás (UFG), que nos visitou neste período.

O evento serviu para apresentar aos alunos e professores as atividades do grupo de pesquisa e alguns conceitos-chaves utilizados em nossas pesquisas, como o letramento visual, a gramática visual e o programa de leitura compartilhada. Em um segundo momento, a professora Mariângela Estelita apresentou os fundamentos da EliS, esclarecendo dúvidas de alunos e professores presentes.

O livro publicado pela professora Estelita pode ser acessado neste link e a tese neste link. A professora Estelita também publicou alguns livros infantis em Língua Portuguesa e EliS/Libras que podem ser acessados no site da Tutti Editora. Há também alguns modelos para adaptação de teclados, criados em nosso grupo de pesquisa, para a escrita no computador utilizando a EliS.

Heroínas negras em novo ciclo de produção de conto de histórias nas disciplinas de Educação Bilíngue

No biênio 2021-2022 iniciamos, na disciplina de Educação Bilíngue do Curso de Graduação em Pedagogia do DESU/INES, um novo ciclo de conto de histórias com a temática da Literatura Negra. O processo tradutório e de composição de materiais didáticos em duas línguas, na proposta de conto de histórias, teve a participação coletiva e negociada entre surdos, surdocegos e ouvintes bilíngues.

Nos debruçamos sobre personagens negras em sete versões de Rapunzel Negra, o que se desdobrou em criações de outras histórias. Todas as histórias desenvolvidas pelos alunos se tornaram recriações do universo cultural brasileiro, em prol de elementos oriundos da comunidade surda, da comunidade escolar do INES e do repertório de leitura de histórias infanto-juvenis com heroínas negras.

É um novo ciclo, após a produção de oito conjuntos de histórias entre os anos de 2015 e 2019 sobre diferentes enredos, que narramos no artigo “Conto e reconto de histórias para crianças surdas: mapeando estratégias, técnicas e objetos“, publicado em 2022 na Revista Educação e Cultura Contemporânea. Este artigo contou com a co-autoria da professora Claudia Pimentel, integrante do nosso grupo de pesquisa e colega na Linha de Pesquisa 1 do Curso e Mestrado Profissional do INES/DESU.

Abaixo, algumas fotografias que mostram os vários grupos em ação.

Contação de histórias com a monitoria do mestrando Abdel Azziz Daoud

A surdocegueira está representada na contação de histórias por meio da monitoria de um mestrando surdocego, Abdel Azziz. Ele nos convoca a pensar estratégias e soluções didáticas em um novo ciclo do Projeto de Leitura Compartilhada desenvolvido no DESU-INES por nosso grupo de pesquisa.

O projeto é uma pesquisa-ação de longa duração que promove formação de professores no Curso de Pedagogia do DESU, visando a criação de materiais didáticos diferenciados que, posteriormente, são doados para incentivar a experimentação das crianças, jovens e adultos surdos e surdocegos nos espaços de Educação Infantil, Fundamental e Jovens e Adultos do DEBASI/INES.

Ao longo desta pesquisa-ação, os estudantes de Pedagogia são incentivados a ter maior atenção aos materiais adaptados e acessíveis, especialmente, em Libras e em Libras tátil. São objetos variados, tais como maquetes, cenários, brinquedos, livros ampliados dentre outros. Todos estes materiais compõem o ambiente do conto de histórias. Alguns dos materiais didáticos para conto de histórias estão nas fotografias a seguir.

Ao lado, temos a foto da Formação em Surdocegueira realizada por Abdel Azziz com estudantes de Pedagogia em 2022. Ele está orientando a aluna durante o exercício para conto de história. Ao fundo há um intérprete ao lado do telão com o texto de uma página de história.

A próxima foto, o personagem Bruxo Negro veste adereços de capa, chapéu, nariz e vassoura. Ele se aproxima corpo a corpo com a monitoria de surdocego Abdel Azziz Daoud para apresentar-lhe o personagem e, assim, simula como seria sua atuação com alunos do INES, recebendo então orientações.

O entrosamento dos estudantes de Pedagogia, as colaborações do monitor da disciplina de Educação Bilíngue, o surdocego Abdel Azziz, da tradutora-intérprete Sheila Martins (que nos ofertou palestra sobre Literatura Negra) e outros tradutores-intérpretes e guia-intérpretes atuaram em equilíbrio de papéis conosco. Além disso, foi fundamental a professora Cristiane Taveira que montou as equipes de colaboração entre pares nas turmas de Educação Bilíngue e nos membros do Grupo de Pesquisa.

E alguns registros das apresentações…

Defesas de monografias de membros do Grupo de Pesquisa

Nos últimos dois meses tivemos uma sequência de defesas de trabalhos de membros, ex-bolsistas e alunos participantes do nosso grupo de pesquisa. Ainda em julho, dia 21, houve a defesa de Ana Paula Fiuza Zilberberg, ouvinte, com a monografia “Os desafios da construção de materiais didáticos digitais para alunos surdos: uma produção multimodal”.

No começo de agosto, no dia 1º, o orientando surdo Renan Aprígio de Almeida defendeu o trabalho “Letramento visual na sala de aula: o mundo dos Animes na compreensão do português”.


Na semana seguinte, no dia 8, foi a vez de Rosiane Flauzino Jardim Silva, orientanta ouvinte, com o TCC “Material reciclado na Educação Infantil: atividades escolares da criança surda na Pandemia”. 

Por fim, no dia 15 de agosto, tivemos a defesa de monografia de Jenifer Matos Santos, orientanda surda, com o trabalho “Fábula de Esopo “Assembleia dos ratos” para o ensino de Surdos: Registro do conto de histórias no DESU-INES”.

Live de lançamento do livro “Gramática visual para os vídeos digitais em línguas de sinais”

Capa do livro.

No último dia 13 de junho, os professores Alexandre Rosado e Cristiane Taveira fizeram uma live comemorativa para o lançamento do livro “Gramática visual para os vídeos digitais em línguas de sinais” no canal do YouTube do Departamento de Desenvolvimento Humano, Científico e Tecnológico do INES. O evento contou com a participação da diretora do DDHCT/INES Andreza Raphael e da prefaciadora do livro, a professora da UFPel Drª Tatiana Lebedeff.

Lebedeff liderou um bate papo informal com os autores, que revisaram suas trajetórias acadêmicas e também explicaram as motivações e o processo de construção do livro ao longo dos últimos anos. No evento contamos com a participação online de cerca de 70 pessoas, entre alunos e professores do INES e de diversas outras instituições. A live já obteve cerca de 500 visualizações no YouTube até o momento.

Autores do livro entrevistados pela professora Tatiana Lebedeff da UFPel.

O e-book é gratuito e pode ser baixado aqui no site do grupo de pesquisa ou no site do INES. A obra, com 202 páginas no total, descreve a proposta dos autores de uma gramática visual que pretende tanto descrever vídeos em línguas de sinais quanto servir para o planejamento de novos vídeos pelos produtores (professores, alunos, instituições públicas, empresas profissionais, entre outros).

Destaca-se o caráter didático da obra com a apresentação dos elementos básicos desta gramática, assim como suas variações de formato e relações. Ao final há um catálogo com algumas soluções visuais originais encontradas pelos pesquisadores ao longo de sua pesquisa, aspecto destacado pela mediadora do evento como ponto alto do livro.

Palestra da TILSP Sheila Martins dos Santos sobre Literatura Negra

Nos dias 17 e 18 de março de 2022, Sheila Martins dos Santos (Lattes) proferiu palestra com o título “Escrevivências: histórias pretas e seus contares“, a convite do nosso Grupo de Pesquisa, na disciplina de Educação Bilíngue. Sheila é tradutora-intérprete de Libras do DESU-INES e mestranda em Educação pela UERJ/FFP.

A palestrante abordou o tema Literatura Negra e percorreu os seguintes assuntos: a presença dos personagens negros na Literatura, o que é Literatura Negra, a Lei 10.639 de 2003 e as escolas na atualidade e as histórias Afrorreferenciadas no INES.

A Experiência de seleção e leitura de livros de personagens pretas se deu em histórias trazidas por Sheila Martins e pela professora Cristiane Taveira. Na imagem ao lado há uma roda de pedagogos que manuseiam livros e, em destaque, à esquerda a palestrante e tradutora-intérprete Sheila Martins, que esteve no dia 17 de março com os alunos do período diurno e no dia 18 com os alunos do noturno.

Em outra foto, logo abaixo, estão de pé dois tradutores-intépretes e professores: um deles é surdo, o Weslei Rocha, e a outra é ouvinte, a Sheila Martins. Ambos pesquisam Literatura Negra e atuam em suas pesquisas em Educação de Jovens e Adultos. Em semicírculo, envolta de uma mesa há um grupo de alunos surdos e ouvintes atentos. Em cima da mesa há materiais didáticos confeccionados pela aluna Ana Paula Fiuza, membro de nosso Grupo de Pesquisa.

Esta sala se chamada de Sala de Produção de Material Didático e Brinquedoteca e é nela que realizamos as reuniões do nosso Grupo e as atividades práticas de construção de materiais didáticos. O mestrando surdocego Abdel Moussa Hassan Daoud e a orientadora Cristiane Taveira, ambos acompanham esse diálogo, enquanto fazem esta fotografia.